O Fórum
Permanente de Saúde do Sistema Penitenciário do Estado
do Rio de Janeiro (FPSSP-RJ) foi realizado no dia 21/08 o
Seminário Rumos da saúde no sistema penitenciário
do Rio de Janeiro, na OAB/RJ
A superlotação das celas, sua
precariedade e sua insalubridade tornam as prisões num
ambiente propício à proliferação de
epidemias e ao contágio de doenças. Todos esses fatores
estruturais aliados ainda à má alimentação
dos presos, seu sedentarismo, o uso de drogas, a falta de higiene e
toda a lugubridade da prisão, fazem com que um preso que
adentrou lá numa condição sadia, de lá
não saia sem ser acometido de uma doença ou com sua
resistência física e saúde fragilizadas.
Os presos adquirem as mais variadas doenças
no interior das prisões. As mais comuns são as doenças
do aparelho respiratório, como a tuberculose e a pneumonia.
Também é alto o índice da hepatite e de doenças
venéreas em geral, a AIDS por excelência. Conforme
pesquisas realizadas nas prisões, estima-se que
aproximadamente 20% dos presos brasileiros sejam portadores do HIV,
principalmente em decorrência do homossexualismo, da violência
sexual praticada por parte dos outros presos e do uso de drogas
injetáveis.
Além dessas doenças, há um
grande número de presos portadores de distúrbios
mentais, de cáncer, hanseníase e com deficiências
físicas (paralíticos e semiparalíticos). Quanto
à saúde dentária, o tratamento odontológico
na prisão resume-se à extração de dentes.
Não há tratamento médico-hospitalar dentro da
maioria das prisões. Para serem removidos para os hospitais os
presos dependem de escolta da PM, a qual na maioria das vezes é
demorada, pois depende de disponibilidade. Quando o preso doente é
levado para ser atendido, há ainda o risco de não haver
mais uma vaga disponível para o seu atendimento, em razão
da igual precariedade do nosso sistema público de saúde.
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