A ministra Maria do Rosário Nunes, da Secretaria de Direitos Humanos
da Presidência da República, e três integrantes do Conselho de Defesa
dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH) vão ao Rio de Janeiro nos próximos
dias para cobrar do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, uma
mudança na forma como a polícia vem lidando com os manifestantes. O
conselho convidará o Ministério da Justiça para acompanhar o grupo na
visita a Beltrame.
— Nada justifica ações violentas da policia
contra os professores. Diálogo e respeito constroem soluções entre
governos e sociedade na democracia. Estou preocupada com a crescente
banalização do uso de armamentos não-letais pela polícia — afirmou a
ministra, durante reunião do CDDPH.
O grupo vai cobrar que sejam
tiradas do papel três recomendações do conselho: a 08/2012, que
recomenda a abolição do termo "auto de resistência", a 05/2013, que
dispõe sobre a regulamentação dos armamentos menos letais, e a 06/2013,
sobre o estabelecimento de procedimentos para as polícias em
manifestações públicas.
O advogado Tarciso Dal Maso, membro do CDDPH, vai estar na comitiva.
— Violência contra professor é inaceitável. É uma classe que prima pela não-violência.
Vice-presidente
da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, Alessandro
Molon (PT-RJ) esteve no encontro e relatou denúncias de abusos cometidos
por policiais que chegaram a seu gabinete. Na noite desta terça-feira, a
ONG Justiça Global também havia encaminhado ao conselho uma carta com
denúncias.
— A polícia é feita para garantir a liberdade de
expressão e não para reprimi-la. O governo do Rio precisa entender que
isso não pode acontecer — afirmou o deputado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário