sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Atos Violentos contra Professores do Rio

A ministra Maria do Rosário Nunes, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, e três integrantes do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH) vão ao Rio de Janeiro nos próximos dias para cobrar do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, uma mudança na forma como a polícia vem lidando com os manifestantes. O conselho convidará o Ministério da Justiça para acompanhar o grupo na visita a Beltrame.
— Nada justifica ações violentas da policia contra os professores. Diálogo e respeito constroem soluções entre governos e sociedade na democracia. Estou preocupada com a crescente banalização do uso de armamentos não-letais pela polícia — afirmou a ministra, durante reunião do CDDPH.
O grupo vai cobrar que sejam tiradas do papel três recomendações do conselho: a 08/2012, que recomenda a abolição do termo "auto de resistência", a 05/2013, que dispõe sobre a regulamentação dos armamentos menos letais, e a 06/2013, sobre o estabelecimento de procedimentos para as polícias em manifestações públicas.
O advogado Tarciso Dal Maso, membro do CDDPH, vai estar na comitiva.
— Violência contra professor é inaceitável. É uma classe que prima pela não-violência.
Vice-presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, Alessandro Molon (PT-RJ) esteve no encontro e relatou denúncias de abusos cometidos por policiais que chegaram a seu gabinete. Na noite desta terça-feira, a ONG Justiça Global também havia encaminhado ao conselho uma carta com denúncias.
— A polícia é feita para garantir a liberdade de expressão e não para reprimi-la. O governo do Rio precisa entender que isso não pode acontecer — afirmou o deputado.

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