PASSEATO CONTRA AS INTERNAÇÕES FORÇADAS DE
USUÁRIOS DE DROGAS, CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA SAÚDE E EM DEFESA DAS
POLÍTICAS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL BRASILEIRA
Dia 12 de abril às 11 horas, na UERJ.
Nos dias 10, 11 e 12 de abril, o Rio de Janeiro vai sediar o I
CONGRESSO BRASILEIRO DE CAPSi (Centros de atenção psicossocial
infanto-juvenil). Será a primeira vez que profissionais de todo o Brasil
- mais de 1500 inscritos! - se reunirão
em um grande congresso durante três dias para discutirem sua prática.
Temas como questões conceituais e clínicas deste campo, o seu caráter
público, as coordenadas e políticas que estruturam as práticas de
atenção psicossocial, como rede, intersetorialidade, territorialidade,
permanente inclusão do laço com a sociedade mais ampla em toda e
qualquer proposta clínica com os que sofrem graves problemas mentais, as
especificidades deste sofrimento na infância, como autismo, desproteção
social, uso de drogas, medicalização e judicialização da infância e
adolescência, entre outras questões cruciais estarão em pauta.
ESTE É UM MOMENTO DE REFLEXÃO, MAS TAMBÉM DE AÇÃO POLÍTICA!
As ações que vem pautando o enfrentamento do uso abusivo de drogas,
especialmente o crack, como as INTERNAÇÕES FORÇADAS, recolhimento de
crianças e jovens em situação de rua e usuários de crack para abrigos em
que esses jovens são depositados e dopados mas não efetivamente
tratados, internação em “comunidades terapêuticas” religiosas ou não,
CONTRARIAM FRONTALMENTE as políticas avançadas de saúde mental baseadas
na REDUÇÃO DE DANOS (estratégia potente de cuidado utilizada diante
daqueles que não podem ou não buscam tratamento), consultórios de e na
rua, rede integrada de atenção psicossocial, ações intersetoriais no
território, mantendo o usuário de drogas em seus laços e circuitos
sociais, enfim, práticas formuladas à altura da complexidade
psicossocial dos fatores determinantes do fenômeno que pretendem
enfrentar.