sábado, 29 de março de 2014

50 anos da Ditadura Militar

MEMÓRIA E JUSTIÇA
Em 31 de março de 1964, abateu-se sobre o Brasil uma longa noite de trevas, que se prolongou por 21 anos e deixou o País privado do estado de direito democrático. O golpe militar, deflagrado há 50 anos com apoio de setores reacionários da elite, da igreja e da mídia, derrubou o presidente constitucional, João Goulart e instalou no Brasil a ditadura.
O que veio a seguir, todos já sabem: supressão dos direitos civis e políticos da população; cassações e expurgos no movimento sindical, nas universidades e nos três poderes; sistemática violação dos direitos humanos, com prisões arbitrárias, torturas, assassinatos e desaparecimentos.
Para que a memória das pessoas que lutaram para que o Brasil voltasse a ser uma república democrática não fosse esquecida, e para que a justiça fosse feita, a presidenta Dilma Rousseff instalou em 2012 a Comissão Nacional da Verdade, a CNV.
A Comissão possui sete membros: Gilson Dipp, José Carlos Dias, José Paulo Cavalcanti Filho, Maria Rita Kehl, Paulo Sérgio Pinheiro, Rosa Cardoso e Pedro Dallari (atual coordenador da CNV). Está dividida em três grandes subcomissões: Pesquisa (dividida em grupos de trabalho temáticos), Relações com a Sociedade e Comunicação.
Oficialmente, a Comissão da Verdade computou 475 mortos e desaparecidos. Mais de 100 casos de suicídios, mortes em condições não esclarecidas e desaparecimentos suspeitos também foram notificados, mas ainda estão sob investigação na Comissão de Mortos e Desaparecidos da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência.
No período da ditadura militar, de 1964 e 1985, mais de 20 mil pessoas foram submetidas à tortura dos mais diversos tipos. Muitos dos torturadores foram beneficiados pela lei da anistia e permanecem impunes.
Numa estimativa preliminar da CNV (Comissão Nacional da Verdade), pelo menos 50 mil pessoas sofreram algum tipo de retaliação já no primeiro ano do golpe. Mas o alcance real dos danos é incalculável.
A fim de promover justiça e fechar as feridas abertas pela ditadura, a Comissão já alcançou algumas vitórias. Uma delas foi a exumação do corpo do ex-presidente João Goulart, o Jango.
Para que Jango pudesse finalmente receber as honras fúnebres devidas a um chefe de Estado, o Congresso anulou a sessão que cassou o ex-presidente. A decisão também serviu para tirar o caráter legal do golpe que ocorreu logo após a cassação de Jango.
Outra justiça feita foi em relação à morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek. A Comissão apurou que a versão oficial da morte de JK foi forjada pela ditadura.
Segundo a versão atual, JK bateu em uma carreta após ser fechado por um ônibus. Mas após uma série de audiências, ficou constatado que Juscelino foi vítima de um atentado político. Mais uma vítima da ditadura militar.
O desaparecimento do ex-deputado Rubens Paiva também está praticamente esclarecido.
O deputado foi preso dia 20 de janeiro de 1971, dentro de casa, levado para um quartel militar e torturado. No dia seguinte ele estava morto. Segundo as investigações, o corpo de Rubens Paiva foi enterrado. Depois seus restos foram desenterrados e jogados ao mar.
Outras mortes emblemáticas como do jornalista Vladmir Herzog e o do metalúrgico Manoel Fiel Filho, também estão praticamente elucidadas na CNV.
A Comissão é constituída por nove grupos de trabalho. Um analisa o golpe de 64. Outro a estrutura da repressão e o terceiro apura as violações dos direitos humanos, e ainda outro que investiga a Guerrilha do Araguaia (1972-1974).
A repressão á camponeses e indígenas é abordada em outro grupo, assim como a Operação Condor, que avalia o pacto entre ditaduras da América Latina para perseguir e eliminar seus opositores.
Os demais grupos são dedicados a: Exilados estrangeiros; Ditadura e Sistema de Justiça; e Ditadura e Gênero.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Evento na UERJ

Local: UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Dia 31/03

9h30 - Auditório 93 - Conferência de Abertura
O porquê do golpe: pré-golpe, articulação de esquerda e o governo Jango.
Conferencista: Oswaldo Munteal
Homenagem a Ivan Proença, fundados do DCE-UERJ

14h00 - RAV 94 - Cine-clube
Filme: Dossiê Jango

18h00 - Auditório 91 - Mesa de debate
Balanço dos 50 anos do Golpe
Palestrantes: Ferreira Gullar (jornalista) e Francisco Carlos Teixeira (UFRJ); Organização NUCLEAS UERJ

Dia 01/04

9h30 - Auditório 93 - Mesa
O Golpe Militar nas Universidades, os exilados da Academia.
Palestrantes: PEdro Pimentel (Mestre em História Social da Cultura pela PUC-Rio) e Mathias Seibel Luce (PPGH-UFRGS)

14h00 - Oficina de Cartazes e Faixas e Concentração para o Ato

17h00 - Ato Contra a Comemoração do Golpe Militar
Clube Militar - Centro

Dia 02/04

9h30 - Auditório 93 - Mesa
Tortura: o cotidiano do golpe
Palestrantes: João Costa (Grupo Tortura Nunca Mais) e Luiz Rodolfo (assessor na Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ)

14h00 - RAV 94 - Cine-clube
Filme: Batismo de Sange

18h30 - Auditório 93 - Mesa
Guerrilha e luta: a resistência armada e o terrorismo de Estado
Palestrantes: Carlos Eugênio Clemente (ALN) e Jacques Dornellas (Caparaó).
Homenagem aos guerrilheiros da ALN e do Caparaó

Dia 03/04

9h30 - Auditório 93 - Conferência
Homenagem ao Centenário de Abdias do Nascimento
Convidado: Joel Rufino dos Santos (autor do livro O que é Racismo?)

14h00 - RAV 94 - Cine-clube
Filme: O dia que durou 21 anos

18h30 - Auditório 93 - Conferência de Encerramento
O que resta da Ditadura? A redemocratização e as permanências da Ditadura Militar.
Palestrantes: Mauro Iasi (UFRJ) e Ivan Proença (fundador do DCE-UERJ)

Organização: CAHIS UERJ | DAHIS UFRRJ | DCE UERJ
Apoio: NUCLEAS | MUN | SINTUPERJ | ASDUERJ | CAMMA UFRJ | CDH | OAB-RJ | DCE Rural | FEMEH

NIBRAHC UERJ | Núcleo de Identidade Brasileira e História Contemporânea

Rua São Francisco Xavier, 524. 9º andar, Bloco D, sala 05.
Telefone: (21) 2334-0098

terça-feira, 25 de março de 2014

Evento no CBCISS


Lançamento da Coletânea Projeto Ético-Político

Coletânea “Projeto ético-político e exercício profissional em Serviço Social” terá lançamento oficial dia 25/3 na UERJ
Organizada pelo Conselho Regional de Serviço Social – CRESS/7a Região, a obra discute os 11 princípios do Código de Ética Profissional. O lançamento acontece na sequencia da cerimônia da aula inaugural da faculdade de Serviço Social da UERJ, que terá início às 18h45, no Auditório 91 do 90 andar, Bloco F, cujo tema será “Projeto ético-político do Serviço Social brasileiro:um debate sobre princípios e desafios à sua efetivação”. As professoras Valéria Forti e Yolanda Guerra serão debatedoras, assim como o professor Charles Toniolo . A professora Paula Bonfim será a coordenadora.

segunda-feira, 24 de março de 2014

quinta-feira, 20 de março de 2014

terça-feira, 18 de março de 2014

Direitos da Mulher


Direitos Humanos do Migrante

O Projeto Trama realizará, no dia 20 de março, próxima 5a feira, uma Conferência Livre, sobre o marco legal relacionado aos direitos do migrante e suas violações, como o tráfico e o contrabando de pessoas.

Outras 8 conferências livres ocorrerão na mesma data, organizadas por demais organizações da sociedade civil. A abertura será no dia 19, à tarde, e nos dias 20 e 21, as conferências livres serão desenvolvidas.

Os eventos serão sediados pela OAB-RJ, na Av. Marechal Câmara, Centro do Rio de Janeiro.

Estas conferências indicarão os delegados que participarão da COMIGRAR nacional, que será realizada em São Paulo, em maio.

Na conferência livre serão feitas propostas para serem apresentadas na conferência nacional.

Os interessados devem confirmar a participação através do email do Projeto Trama: projetotrama@gmail.com.

segunda-feira, 17 de março de 2014

terça-feira, 11 de março de 2014

ONU Brasil - 50 anos do Golpe Militar

ONU Brasil - 50 anos do golpe militar em pauta em congresso internacional em Recife apoiado pelo PNUD.

Encontro "50 Anos do Golpe e a nova agenda da justiça de transição no Brasil" acontece de 10 a 14 de março e reunirá 500 participantes: membros do Ministério Público do Brasil e outros países, meio acadêmico e diversas entidades nacionais e internacionais.

Saiba mais: http://bit.ly/1cRghvq

Observatório de Direitos Humanos

Participe do Observatório de educação em direitos humanos - Ele foi concebido como um espaço de informação, aprofundamento e discussão sobre perspectivas teóricas, políticas públicas e práticas no âmbito da Educação em Direitos Humanos. Mais observações no site
www.observatorioedhemfoco.com.br